segunda-feira, 30 de maio de 2011

RESULTADO DA 37ª CORRIDA TIRADENTES DE MARINGA-PR

Pessoal estive hoje presente na Secretaria de Esporte, onde um dos responsaveis pelo resultado da prova me mostrou a planilha já catalogados a grande maioria dos mesmos.

Obtive a informação de que o resultado sairá amanhã 31/05/2011.

Então é só clicar no link abaixo e ver qual foi a sua colocação e seu tempo.

Resultado da Corrida Tirandentes: http://venus.maringa.pr.gov.br/provatiradentes/index.html

Resultado: http://venus.maringa.pr.gov.br/provatiradentes/resultados.htm

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RESULTADO DA CORRIDA DE MANDAGUARI - 29/05/2011

Segue link com resultado da 6ª Corrida Rústica de Mandaguari-Pr, que ocorreu ontem (29/05/2011).


Geral Masculino/Feminino: http://www.cronoserv.com.br/resultados/2011_05_29_MAND__geral_mf.TXT

Categorias Masculino/Feminino: http://www.cronoserv.com.br/resultados/2011_05_29_MAND__categ.TXT

Moradores de Mandaguari: http://www.cronoserv.com.br/resultados/2011_05_29_MAND_MORADOR_geral_mf.TXT


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segunda-feira, 23 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

I CORRIDA RUSTICA PARE DE FUMAR CORRENDO DE IVAIPORA - 29/05/2011

I CORRIDA RUSTICA PARE DE FUMAR CORRENDO DE IVAIPORA - 29/05/2011



na cidade de Ivaipora-PR, com percurso de 5.000 metros, para as categorias aduto.
Havera provas para categorias de menores.
Link para inscrições: http://www.paranacentro.com.br/tabagismo/Inscricoes.html
Link para mais informações: http://www.paranacentro.com.br/tabagismo/index.html

Obs: As inscriçoes sao gratuitas e a prova é organizada pela Universidade Estadual de Maringa.

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

11ª COPA CIDADE CANÇÃO DE CICLISMO - 29/05/2011 - MARINGA-PR


Inscrições abertas pelo link: http://www.bikeshowmaringa.com.br/?q=node/376

Conforme informação dos organizadores os depositos deverao ser efetuados até o dia 27/05/2011.

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

RESULTADO DO GRAN PRIX MERCOSUR DE ATLETISMO MASTER

Segue link com resultado do IX GRAN PRIX MERCOSUR DE ATLETISMO MASTER, realizado em Porto Algre-RS, entre os dias 13 e 15 de maio de 2011.

link do resultado: http://abrambrasil.com/gp%20master.txt

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terça-feira, 17 de maio de 2011

LUTO NO ATLETISMO MUNDIAL



Samuel Wanjiru: Campeão e recordista da maratona suicida-se
Desporto
Autor: Redação | Leitores: 380
Segunda, 16 Maio 2011 14:03 

Campeão e recordista olímpico da maratona, o queniano Samuel Wanjiru saltou da varanda da sua casa, depois de uma discussão com a mulher. O atleta, que tinha um histórico de problemas relacionados com agressões e ameaças de morte, estava sob o efeito do álcool.
Samuel Wanjiru estava no seu próprio apartamento com uma amante, neste domingo, e foi encontrado pela sua mulher. O episódio gerou uma intensa discussão entre o casal, que terminou da pior forma: com o suicídio do atleta.

Relatos da polícia indicam que o maratonista, campeão olímpico em título, estava sob o efeito do álcool, no momento do suicídio. Atirou-se da varanda da sua casa, que fica localizada na cidade de Nyahururu, no Quénia.

Samuel Wanjiru tinha apenas 24 anos, mas um longo histórico de problemas familiares. E não só. Em dezembro, foi acusado de ameaças de morte à esposa e à empregada doméstica do casal. Também o seu segurança sentiu na pele a fúria do maratonista, com agressões que terminaram na justiça: Samuel Wanjiru foi acusado e libertado sob fiança.

Wanjiru conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e foi o primeiro queniano a conquistar o primeiro lugar numa maratona. É também detentor do recorde olímpico, com um tempo de 2h06m32s. No passado mês de abril, foi obrigado a abandonar a maratona de Londres, devido a lesão.

Fonte: http://ciberjunta.com/desporto/1520-samuel-wanjiru-campeao-e-recordista-da-maratona-suicida-se.html


Obs:  Triste coincidência após um dia da volta de um queniano ao topo do podio (Titus Kipkosgei Kibbi) da Prova TIradentes - Maringa-PR, o seu compatriota tira a propria vida.

Que belo sorriso. Tão longe, tão distante, quanto as corridas que participou.

Será que haverá corridas no Céu ?


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3ª CORRIDA DA MULHER , DE COMBATE AO CÂNCER - MARINGA - 22/05/2011

As incrições para a Corrida de Combate ao Câncer, que ocorrerá no próximo domingo (22/05/2011), tem previsão de encerramento das inscrições para a data de hoje (17/05/2011), mas o regulamento permite a prorrogação do prazo caso a organização da prova assim decida.

Segue o link para inscrição: http://www.atletismodemaringa.com.br/3corridadamulher/index.html

Obs: Os homens poderão participar apenas da caminhada.

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domingo, 15 de maio de 2011

CORRIDA TIRADENTES 2011 - MARINGA-PR

 Segue reportagem vinculada no site da Prefeitura Municipal de Maringa-PR, sobre a 37ª Edição da Corrida Tiradentes, ocorrida hoje (domingo) dia 15/05/2011.



Atleta de Maringá vence no feminino da Prova Rústica Tiradentes
 
Assessoria de Comunicação
 
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Josiane da Silva Cardoso, atleta da Unimed Maringá, campeã na categoria feminina da Prova Tiradentes, elogiou a “energia” passada pelo público
- Assessoria de Comunicação/PMM
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O queniano Titus Kibbi, da equipe Fila, venceu na categoria masculino da Prova Tiradentes
- Assessoria de Comunicação/PMM
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O queniano Titus Kibbi, da equipe Fila, venceu na categoria masculino da Prova Tiradentes
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Mais de 3.600 atletas participaram da Prova Tiradentes deste ano, disputada neste domingo
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Mais de 3.600 atletas participaram da Prova Tiradentes deste ano, disputada neste domingo
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Mais de 3.600 atletas participaram da Prova Tiradentes deste ano, disputada neste domingo
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Mais de 3.600 atletas participaram da Prova Tiradentes deste ano, disputada neste domingo
- Assessoria de Comunicação/PMM
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O sargento da Polícia Militar Rui Ferreira da Silva participou de 30 edições da Prova Tiradentes
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Cinco primeiros colocados na categoria masculino recebem premiação
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Cinco primeiros colocados na categoria masculino recebem premiação
- Assessoria de Comunicação/PMM
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Cinco primeiros colocados na categoria feminino recebem premiação
- Assessoria de Comunicação/PMM
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O queniano Titus Kibbi, da equipe Fila, venceu na categoria masculino da Prova Tiradentes
Foto: Assessoria de Comunicação/PMM
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Mais de 3.600 atletas participaram da Prova Tiradentes deste ano, disputada neste domingo
Foto: Assessoria de Comunicação/PMM
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Prefeito Silvio Barros recepcionou autoridades e convidados que prestigiram a 37ª edição da Prova Rústica Tiradentes
Foto: Assessoria de Comunicação/PMM
    A atleta Josiane da Silva Cardoso, da Unimed Maringá, venceu a categoria feminina da 37ª Prova Tiradentes, disputada neste domingo (15). No masculino o campeão foi o queniano Titus Kipkosgei Kibbi, da equipe Fila. Mais de 3.600 mil atletas participaram da prova, que atraiu um grande público para a avenida 15 de Novembro, no trecho de largada e chegada da competição. “O público de Maringá é sensacional, passa muita energia pra gente”, disse Josiane.
    Em segundo lugar no masculino ficou Elessandro Oliveira, da Unimed Maringá; em terceiro Paulo Cesar Santos Jesus, também da Unimed Maringá; em quarto Adriano Bastos Menezes, da equipe Pé de Vento, de Rolândia; e em quinto Claudenir da Silva Cardoso, da Unimed Maringá.
    No feminino a segunda colocação ficou com Luzia de Souza Pinto, da Associação de Atletismo de Maringá; em terceiro Agnes Jeckosjei, da Fila; em quarto Ilda Alves dos Santos, da Bebidas Rio Branco/Granisul, de Sarandi e em quinto Eliana Luanda, da Unimed Maringá.
    A campeã da categoria feminina, Josiane da Silva Cardoso, confessou ter entrado na prova para chegar entre as cinco primeiras, e junto com Luzia, não deixou a queniana Agnes se distanciar. “Quando passamos pelo retorno da avenida, já quase na metade da prova, a torcida, o pessoal da organização, nossos amigos, tudo empurrou, foi muita energia”, afirmou.
    Atletas anônimos e veteranos elogiaram a prova. “A Prova Tiradentes é a melhor corrida de rua do Paraná, desde a organização até o nível técnico, e é a corrida de rua que mais cresce em participantes”, garantiu o técnico da equipe de Rolândia, Ivar Benazi, vice campeão da Prova Tiradentes em 1977.
    Outro veterano da prova que é só elogios à competição é o sargento Rui Ferreira dos Santos, que já participou 30 vezes da Prova Tiradentes. “O nível técnico deste ano não estava tão elevado, mas o clima ajudou e o desempenho de todos acredito foi melhor”, disse o militar.
    Para o coronel Chehade Elias Geha, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, que pela primeira vez participou da competição, Maringá dá exemplo para o Brasil na realização da Prova Tiradentes. “Participo pela primeira vez correndo, e é muito bom poder estar no meio de atletas de ponta e de tantos corredores anônimos que fazem da Prova Tiradentes essa festa”, afirmou.
    Os atletas anônimos também se emocionam com a corrida. “Prova Tiradentes, nosso patrono, nosso confidente, está aqui presente, logo aqui na nossa frente, veio correr com a gente, olha eu aqui sorridente”, declarou o atleta Jurandir Pereira do Carmo, de Londrina. Ele acha a Prova Tiradentes “uma das melhores festas do esporte brasileiro”.
    A Associação de Atletismo de Maringá, além da segunda colocação com Luzia de Souza Pinto, comemorou também a sexta posição de Eduardo da Silva Antunes no masculino. Para os dirigentes da entidade, a classificação da Prova Tiradentes é o resultado do trabalho para a formação de atletas de nível.
    A secretária de Esportes e Lazer, Edith Dias de Carvalho, agradeceu a presença dos atletas e confessou estar emocionada em se despedir da pasta e da realização da Prova Tiradentes. Nesta segunda-feira ela assume a Secretaria de Educação. “Volto para minhas origens mas continuo participando do esporte que também amo muito”, afirmou Edith, que é professora. No total a Prova Tiradentes deste ano recebeu 4.268 inscrições, 3.680 na prova principal e 588 nas categorias menores.
    Prestigiaram a Prova Tiradentes o prefeito Silvio Barros; o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros; o secretário de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro; o presidente da Unimed Maringá, Daoud Nasser, autoridades militares e convidados


Fonte: http://www2.maringa.pr.gov.br/site/index.php?sessao=547fc669675554&id=13357


link com 14 fotos da Prova: http://www2.maringa.pr.gov.br/site/index.php?sessao=547fc669675554&id=13357


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quarta-feira, 11 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

RESULTADO DA 7ª ETAPA DO CIRCUITO SESC - CASCAVEL

Segue abaixo link do resultado da 7ª Etapa do Circuito Sesc de Caminhada e Corrida, realizado no dia 01/05/2011, na cidade de Cascavel - PR.

Resultado: http://www.sescpr.com.br/eventos/circuito-sesc/resultados_cascavel.zip


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segunda-feira, 2 de maio de 2011

RESULTADO DA SAO PAULO INDY RUN 8K

Segue abaixo link do resultado da São Paulo Indy Run 8k, realizada no último sábado, na cidade de São Paulo - SP.

Masculino: http://blogs.band.com.br/indyrun/files/2011/05/geral_masculino.pdf

Feminino: http://blogs.band.com.br/indyrun/files/2011/05/geral_feminino.pdf

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Sessão Conheça Nossos Atletas - Adriana de Souza

Entrevista
  29/05/2004
  0 comentário(s)
ADRIANA DE SOUZA - “A molecada brinca de futebol, não de atletismo”
A atleta lamenta a falta de reconhecimento ao atletismo e conta os projetos dela, agora que está recuperada da contusão
Ana Flávia Cól
Depois de um ano fora das competições por causa de uma contusão muscular, uma das melhores atletas do país na atualidade, a fundista e meio-fundista paranaense Adriana de Souza, está recuperada e começa nova fase de treinamentos em Sertãozinho (SP), cidade próxima a Ribeirão Preto. O objetivo imediato é a Meia Maratona do Rio de Janeiro. Adriana disse ter achado em Maringá, onde mora desde 2000 e treinava até o ano passado, condições ideais de treinamento e qualidade de vida. Mas por força da profissão está afastada da cidade.

Com 1,62 m e 52,8 kg, Adriana de Souza foi alçada à elite do atletismo feminino em 2000, quando chegou em quarto lugar na maior prova de rua do Brasil, a Corrida Internacional de São Silvestre, sendo melhor brasileira colocada. Nos anos seguintes, voltou a se destacar na prova, repetindo a quarta colocação em 2001 e chegando ao segundo lugar em 2002. A atleta também foi bicampeã sul- americana de Cross Country, tricampeã da Copa Brasil de Cross Country e destaque regional no Campeonato Paranaense dos últimos três anos.

De origem humilde, como a maioria dos atletas de ponta do Brasil, Adriana passou por vários empregos antes de se dedicar ao esporte. Trabalhou como secretária, auxiliar de escritório, ajudante de mecânico e babá. Começou a se dedicar ao atletismo em 1991, aos 18 anos, quando saiu da cidade natal, Ibiporã (PR), com destino a cidade de Tupã, em São Paulo.

Para ela, a falta de reconhecimento e profissionalismo são os principais problemas do atletismo brasileiro. Segundo a esportista, somente os atletas de elite conseguem fechar contratos com empresas para competir. “Se você não tem destaque nacional ou internacional, ninguém acredita que vale a pena patrocinar”, explica.

Por isso, afirma que só se destaca no atletismo brasileiro, quem tiver força de vontade e muito esforço. Ela diz acreditar que isso explicaria o fato de os maiores fundistas e velocistas serem de origem pobre.

No ano passado, a atleta tomou uma decisão que julga ter sido uma das mais difíceis da carreira: mudou de treinador, após três anos sendo orientada pelo professor de educação física maringaense Humberto Garcia, com quem conseguiu os melhores resultados. A atleta justifica a troca como mudança profissional, mas reconhece certa “mágoa” de Garcia. Confira os principais trechos da entrevista com a atleta Adriana de Souza.

Você começou a correr por uma brincadeira na escola. Como foi esse início?
Tinha dez para 11 anos de idade e estudava em Paraguaçu Paulista [SP]. Na época existia olimpíada escolar, hoje acho que tem outro nome. Então fui participar, mas não tinha intenção de ser atleta, como acho que acontecia com todas as meninas que participavam na época.

Como e quando você descobriu que poderia ser uma grande atleta?
A partir do momento em que me destaquei nessa olimpíada escolar. Também participei de algumas provas e, mesmo sem treinamento, me destacava. No fim de 1991, fui convidada para ir para Tupã, no interior de São Paulo. E resolvi que queria levar o atletismo a sério. O esporte seria mesmo uma profissão.

Aos 18 anos você resolveu seguir carreira no atletismo e deixou para traz a vida que levava até então. Como sua família e amigos reagiram à decisão?
Nessa época fui um pouco sozinha. Meu pai sempre me apoiou, porque gostava, era envolvido com esporte. Tive problemas com minha mãe, que não entendia que eu gostava de atletismo. Depois, nós morávamos em cidade pequena, os vizinhos comentavam que eu era muito nova para estar competindo e viajando sozinha, falam até que podia engravidar. Essa mentalidade do povo preocupava.

A partir de quando sua mãe passou a aceitar sua opção?
Praticamente um ano depois que saí de casa, porque ela percebeu que não ia voltar. Todo mundo comentava que estava me destacando, estava levando a sério. Dava para perceber que era mesmo o que eu queria.

Você poderia ter morado em outra cidade nos últimos três anos. Porque escolheu treinar e viver em Maringá?
Vim para cá, porque meu treinador anterior, Humberto Garcia, morava e mora em Maringá. Para o atleta é interessante estar treinando junto com o técnico. Acostumei com a cidade, porque é pequena e tranqüila para treinar. Estava na hora também de arranjar um namorado, um lugar para realmente morar, construir minha família e construir minha casa. Até então, estava vivendo como cigana, cada época em uma cidade diferente.

Agora você está treinando em Sertãozinho. Você pretende mudar de cidade?
Eu passei quatro meses em Santos [SP] treinando para uma competição regional. Essa disputa era para testar meu ritmo. Agora estou em Sertãozinho porque aqui encontro boas condições para eu treinar, estradas planas e não corro o risco de sofrer contusão novamente. Estou recuperada, mas não posso forçar. Então aqui posso me preparar para a Meia Maratona do Rio.

No período em que profissionalmente você teve os melhores resultados, de 2002 a maio de 2003, seu técnico era Humberto Garcia. Porque resolveu mudar de treinador?
Não foi coisa pessoal, Humberto é ótima pessoa. Foi o melhor técnico que tive. Sempre me dei super bem com ele. Troquei por motivo profissional. Meus interesses não estavam correspondendo aos interesses profissionais dele.

Há rumores de que você poderia ter ficado chateada pelo fato de o Humberto Garcia estar dando atenção a outra atleta que vinha melhorando, a Hilda...
(risos) Não, nós já nos conhecíamos antes. Ela não apareceu do nada para treinar comigo. Já havíamos combinado de treinar juntas. Tinham meninas muito novas, não conseguiam fazer todos os treinos comigo e eu não tinha ritmo para treinar com meninos. Quando Hilda veio treinar, foi uma felicidade. Inclusive, nós estávamos treinando juntas para a Maratona de São Paulo. Nossos resultados são totalmente diferentes. Ela tem melhorado bastante, isso iria me ajudar e não atrapalhar. Se não treinasse comigo, treinaria com outra pessoa. Seria minha adversária do mesmo jeito. Por que não tê-la para trabalharmos juntas? Muitos atletas fazem isso, treinar junto é comum.

Você também não gosta muito de lembrar do técnico anterior ao Humberto Garcia. O que aconteceu nessa época que não te agradou?
O atleta precisa estar bem fisicamente, mas o psicológico ajuda muito também e o técnico trabalha muito isso. Ele não pode pressionar o atleta, não só no atletismo, mas em outros esportes. Existe o treinador ou dirigente mercenário. Tive um problema nesse sentido, um técnico que pensava mais na premiação. Pago 10% dos prêmios que ganho para o técnico. É justo, mas ele não dava tempo para eu me preparar para as provas, ficava competindo o ano todo, para ganhar dinheiro e pagar a parte dele. Quando chegava uma prova importante, já estava sobrecarregada, não conseguia treinar direito. Isso acaba atrapalhando muito a carreira do atleta. Outra coisa, de repente o técnico não gostava de certa pessoa, tinha obrigação de ganhar dela para satisfazê-lo. Isso estava acontecendo muito. Não tenho inimigas no atletismo, todas as meninas, como os meninos, são meus amigos. Não existe essa coisa de perder amizade com a pessoa para satisfazer o técnico. Não é bem por aí, ele não estava levando para o lado esportivo.

Você falou na importância de manter o equilíbrio psicológico. Como você faz isso?
Resolvi fazer acupuntura porque sou muito ansiosa, isso às vezes acaba me atrapalhando numa competição. Fazia tratamento com psicóloga, mas devido às viagens, não pude continuar. Então optei pela acupuntura, porque caso não dê para estar aqui no dia, posso fazer em outro lugar.

Você conseguiu um bom técnico aos 27 anos, a maioria dos atletas começa a se preparar para as Olimpíadas e Pan aos 22 anos. Acredita que isso prejudicou sua realização profissional?
Sim, já poderia ter participado de Pan Americano ou Olimpíada. Isso acabou dificultando o plano de treinamento, não é em um ou dois anos que você vai conseguir melhorar e chegar em nível de Olimpíada. Você trabalha em longo prazo, em torno de três, quatro, até cinco anos para chegar nesse nível. A partir dos 30, você não tem o mesmo rendimento que teria aos 22, 23 anos. A musculatura, naturalmente, vai perdendo força. É preciso se preocupar com alimentação, fazer academia, coisa que anteriormente fazia só para adquirir força.

Como você alcançou boa colocação na São Silvestre em 2001, se você não começou da maneira mais adequada e, no início, não tinha dinheiro para cuidar da saúde e alimentação?
Um ano antes de eu ser pódio da São Silvestre, já vinha melhorando bastante meu ritmo. No começo de 1999, consegui fazer umas provas boas, que me renderam uma grana legal para me manter. Pude procurar nutricionista para indicar aqueles suplementos alimentares, alimentação regular, isso já foi facilitando. Eu também já tinha técnico.

Acha que teve sorte?
Acho que sim. Já conheci muitos atletas que tinham talento para estar melhor do que estou. Faltaram oportunidades, desanimaram por falta de patrocínio.

Falta de patrocínio é uma dificuldade de ser corredora no Brasil, quais seriam as outras?
É muito difícil conseguir patrocínio, porque se você não tem destaque nacional ou internacional, ninguém acredita que vale a pena patrocinar. Depois de aparecer na mídia muda. Mas também não tem reconhecimento, há pessoas que me perguntam se só corro ou se trabalho. Ninguém pergunta para o Romário se ele só joga futebol, todo mundo sabe que essa é a profissão dele.

A maioria dos grandes fundistas e velocistas brasileiros é de origem pobre. Isso é apenas coincidência?
Não. Acho que é devido ao fato de o esporte ser tão sofrido, você tem de gostar mesmo, tem de ter muita raça, abrir mão de muita coisa. A maioria também vê uma maneira de melhorar de vida, de conseguir alguma coisa, grana mesmo e acaba se destacando.

Adriana, não podíamos deixar de falar da São Silvestre. Nos últimos anos as brasileiras têm se destacado nessa prova, como foi seu caso. O que tem mudado?
Nesses últimos quatro anos a premiação das provas de rua tem melhorado muito. Há reconhecimento, os patrocinadores têm se interessado pela atleta, há maior divulgação, tem aparecido mais mulheres. Se reunir 15 atletas de elite, de nível mesmo, e você não tiver 100% de aproveitamento, não chega entre as dez. O nível melhorou muito.

Em outros países o atletismo é praticado nas escolas. Isso torna o esporte mais reconhecido pela sociedade?
Com certeza, é outra noção. No Brasil, as pessoas só conhecem aqueles que se destacam e estão aparecendo, fora disso, ninguém sabe como funciona o atletismo. Ninguém incentiva, tanto que a molecada brinca de futebol não de atletismo.

A maioria dos profissionais que tem corrido as principais provas do país tem patrocínio ou não?
Os que não estão aparecendo na mídia, até tem patrocínio, mas é um valor que não cobre todas as despesas. O valor é muito pequeno, apenas uma ajuda de custo mesmo.

O que a Mizuno te paga é suficiente?
Pagam o suficiente para as despesas com viagens, coisas assim mais pessoais. Agora coisas extras, como caso queira construir uma casa, conquisto com prêmios das provas.

Conversei com alguns treinadores, que falaram em mais ou menos R$ 20 mil...
(risos) Não, no Brasil não. Só se for fora do país.

Quanto seria suficiente no Brasil?
Seriam esses R$ 20 mil (risos)

E com quanto tem de se contentar?
Tenho de me conformar com o que ganho (risos).

Ano passado você não participou de competições porque teve uma contusão. O que levou a isso?
Tenho encurtamento de uma das pernas, normal para quem não é atleta, mas no meu caso a atrofia muscular levou a perda da flexibilidade. Sobrecarrego o lado esquerdo, por isso tive contusão de hérnia, perdi toda a força da perna esquerda, o que levou a distensão. Foram dez anos correndo errado, devia ter corrigido quando criança, mas ninguém se preocupou. Para conseguir correr, treinar firme, faço RPG (Reeducação Postural Global) e fisioterapia. Um acompanhamento que devo fazer enquanto for atleta.

O atleta vende a imagem da marca. Então a exigência chega a ser excessiva a ponto de desgastar o atleta? Prejudica o verdadeiro sentido do esporte?
Infelizmente é assim que funciona. Ninguém te patrocina porque você é bonitinha (risos), mas porque é atleta. Te patrocinam para ganhar alguma coisa em troca. Se não tem resultado, não tem patrocínio. É preciso se adaptar a esse estilo, trabalhar de acordo com o patrocinador. Na Mizuno não tenho tanta pressão, porque são 12 meses e quatro provas importantes. Depois, somos convidados para outras provas que não são oficiais, como essa campanha do câncer de mama (Maratona Contra o Câncer de Mama, prova anual de São Paulo). Detalhe importante, vamos divulgar nossa imagem e do patrocinador.

Além de grandes provas como São Silvestre, Meia Maratona do Rio de Janeiro. Quais provas regionais você gosta de correr?
Gosto de correr em Apucarana, Cornélio Procópio. Maringá tem percurso muito bom, mas não sei se é por correr em casa, me senti pressionada. Fui vice-campeã três anos e não consegui vencer a prova.

Qual é a próxima São Silvestre que vai correr? E quais são suas expectativas para essa prova e para outras que deseja participar?
Meu maior objetivo era o Pan Americano, foi uma decepção muito grande quando parei de treinar. Estava no final do treinamento, ia tentar vencer a Maratona de São Paulo, duas semanas antes tive de desistir, porque meu ortopedista me proibiu de participar da prova. Vou tentar cumprir as provas do calendário, essas quatro provas do circuito da Globo. Estou treinando agora para a Meia Maratona do Rio. E quero tentar o índice olímpico, mas não vai dar tempo de me preparar para essas Olimpíadas.

Você tem idéia de até quando vai participar de competições?
Conseguindo manter o nível, melhorando um pouco mais, acho que até os 37 anos posso disputar provas em nível nacional, São Silvestre e outras provas. Depois, o rendimento cai um pouco. Nem conseguiria treinar como alguém mais jovem.

Fonte: http://www.jornalmateriaprima.jex.com.br/entrevista/adriana+de+souza+-+a+molecada+brinca+de+futebol+nao+de+atletismo


Obs: Assim como a Adriana de Souza, nossa região é muito rica em descobrir novos talentos e tambem em receber aqueles que já possuem uma vida inteira dedicada ao pedestrianismo e agora se dedicam em descubrir e lapidar novos atletas.
PARABENS ADRIANA PELA VIDA DEDICADA AO PEDESTRIANISMO.




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RESULTADO DA CORRIDA DO TRABALHADOR DE IBIPORÃ-PR

Segue link com resultado da 11ª Prova Pedestre Adriana de Souza, realizada no ultimo domingo 01/05/2011, na cidade de Ibiporã-PR


Geral Masculino: http://www.runnerbrasil.com.br/Calendario/2011/0501/Ibipora/Ibipora_GM_A.txt

Geral Feminino: http://www.runnerbrasil.com.br/Calendario/2011/0501/Ibipora/Ibipora_GF_A.txt

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